Possuir condições de acessibilidade não pode mais ser considerado um adjetivo opcional em edificações. Especialmente depois da publicação da NBR9050, as edificações passaram a ter que se adequar e garantir acesso universal às suas dependências. Aquelas construídas posteriormente à norma devem ter seus projetos já concebidos com esse fim. As de construção anterior à NBR9050 devem ter seus acessos e ambientes adaptados de modo a permitir que sejam plenamente acessíveis. Contudo, de uma maneira geral, o parque nacional edificado está longe de se encontrar plenamente adaptado às condições de acessibilidade, e mesmo entre as novas edificações que possuem essas condições, algumas as possuem em nível muito básico, enquanto outras atendem a condições de acessibilidade plena de modo mais generoso com seus usuários. Constatadas essas diferenças, levanta-se aqui a questão de que as condições de acessibilidade em edificações devem fazer parte do rol de fatores a serem considerados nas avaliações imobiliárias, para que juntamente com os mais tradicionais, como oferta, localização e área, possam fazer parte da formação do valor de mercado do imóvel. Entende-se que a maior ou menor acessibilidade passa, inexoravelmente, a fazer parte do valor que um imóvel pode ter, em termos de atendimento às necessidades de seus usuários, seja uma residência ou um prédio de escritórios, com grande população flutuante. Assim, a partir de uma pesquisa que desenvolveu uma ferramenta orientativa para verificação de indicadores de acessibilidade de uma edificação, este artigo tem por objetivo propor, de modo empírico, a inserção de tal ferramenta na avaliação de imóveis por tratamento de fatores, no Método Direto Comparativo de Mercado, tornando o nível de acessibilidade mais um fator a ser tratado de modo comparado entre imóvel avaliando e avaliado. A incorporação da acessibilidade na avaliação imobiliária poderá retratar, de modo mais fiel, a relação entre custo/benefício de um imóvel.


Accessibility conditions can no longer be considered an optional adjective in buildings. Especially after the publication of the NBR9050, the buildings have to adapt and guarantee universal access to their dependencies. Those built after the norm should have their designs already done for this purpose. Before NBR9050, buildings must have their access and rooms adapted to allow them to be fully accessible. However, in general, building all over the country is far from being fully adapted to the accessibility conditions, and even among the new buildings with these conditions, some have them at a very basic level, while others comply with conditions of full accessibility more generously with its users. Clarified these differences, the question arises here that the accessibility conditions in buildings should be part of the list of factors to be considered in the real estate appraisals, so that together with the more traditional factors, they can be part of the market value of the property. It can be understood that the greater or less accessibility becomes inexorably part of the value that a property will reach, in terms of offering and meeting the needs of its users, being a residence or an office building with a large floating population. So, based on a research that developed a guiding tool for verification of accessibility indicators of a building, this article aims to propose, in an empirical way, the insertion of such tool in the evaluation of real estate by treatment of factors, in the Method Comparative, making the degree of accessibility a factor to be treated in a way compared in evaluated system. The incorporation of accessibility in the real estate appraisal may more accurately portray the cost / benefit ratio of a property.