É possível estruturar modelos preditivos de preços de aluguéis corporativos, tendo como base comportamentos passados e sua correlação com indicadores macroeconômicos que influenciam a demanda por espaços de trabalho. De outro lado, não é possível estruturar modelos de projeção de oferta, seja porque o mercado não é disciplinado, como também porque não há como inferir a reação de investidores em empreendimentos de base imobiliária diante da conjuntura econômica e na de mercado no qual a competitividade se insere. Então, para traçar prognósticos, é mandatório produzir um cenário arbitrado de oferta de novos espaços. Para segurança do prognóstico de valores de aluguel, raiz última da análise de tendências, porque comanda a atratividade por novos investimentos, neste artigo admitimos que o mercado é racional, de sorte que a oferta de novos imóveis no mercado competitivo se faz moderadamente, mantendo vazios não maiores do que 20%. A base de dados para análise de tendências de valor de aluguéis é a da Buildings e, para orientar melhor a análise, usamos os cluster de edifícios corporativos AA+AAA, seguindo os critérios de classificação com os quais a base de dados é construída. Usamos São Paulo, porque é o maior mercado do Brasil, o mais organizado e aquele para o qual a base de dados apresenta maior densidade e confiabilidade quanto ao grau de dispersão. A análise de tendências conclui que os aluguéis nos próximos dez anos estarão em evolução, mesmo plotando um cenário de estagnação da economia e uma fronteira de crescimento medíocre. Isso se deve ao fato de que o crescimento da oferta ocorrido nos anos de 2011 e 2012 contra uma demanda muito baixa, e que vem se mantendo, derivada da depressão econômica desses últimos anos, produziu um grave estoque de vazios e, pela pressão que esse fator representa, aluguéis se situaram abaixo do patamar de atratividade para novos investimentos aos custos e preços de implantação do mercado atual, preponderantemente terrenos e outorga (ou cepac). A recuperação dos aluguéis é inercial para atingir a atratividade de renda aos preços do mercado e, adiante, acompanha uma curva de demanda crescente em razão da recuperação econômica arbitrada no cenário referencial. Mesmo quando traçamos cenários de crescimento econômico em estagnação, ou em fronteira, a tendência é de aluguéis crescentes. Produzimos uma variante de análise em cenário de estagnação.


It is possible to structure predictive models of corporate rental prices, based on past behaviors and their correlation with macroeconomic indicators that influence the demand for workspaces. On the other hand, it is not possible to structure models of supply projection, either because the market is not disciplined, but also because there is no way to infer the reaction of investors in real estate developments in view of the economic and market junctures. So, to draw forecasts, it is mandatory to produce an arbitrated scenario of offering new spaces. For the safety of the prognosis of rental values, last step of the trend analysis, because it commands the attractiveness for new investments, in this article we admit that the market is rational, so that the offer of new properties in the competitive market is made moderately, keeping vacant not greater than 20% of the spaces. The database for analysis of rental value trends is provided by Buildings and, to better guide the analysis, we use the corporate buildings cluster AA + AAA, following the classification criteria with which the database is built. We use São Paulo, because it is the largest market in Brasil, the most organized and the one for which the database has higher density and reliability as to the degree of dispersion. Trend analysis concludes that rents over the next ten years will be evolving, even plotting a stagnant scenario of the economy and a mediocre growth frontier. This is due to the fact that the growth of the supply occurred in the years 2011 and 2012 against a very low demand, and that has remained, derived from the economic depression of these last years, produced a severe inventory of vacant GLA and, by the pressure that this factor represents , rents have been below the level of attractiveness for new investments in the costs and prices of the current market, predominantly land and concession taxes (or CEPAC). The recovery of rents is inertial to achieve the attractiveness of income to market prices and, later, accompanies a growing demand curve due to the economic recovery arbitrated in the referential scenario. Even when we trace economic growth scenarios in stagnation, or on the frontier, the trend is of increasing rents. We produce a variant of analysis in stagnation scenario.