Vertical Farm, produção agrícola indoor em área metropolitana, tem sido implantada em países de economia evoluída. No Brasil, já há interesse de uma empresa suíça, por meio de investigação de disponibilidade de lajes de coberturas ociosas para implantação de plantio de hortaliças em São Paulo, entretanto não há evidência da qualidade deste tipo de investimento em metrópoles brasileiras, por falta de literatura a respeito. Neste momento de abalo setorial, onde há crescimento do número de vacâncias em edifícios corporativos, consequentemente a redução de receita em portfólios de empreendimentos de base imobiliária (EBI), a ocupação dos espaços ociosos por usos complementares apresenta-se como oportunidade de amenizar ou compensar prejuízos. Isso significa que, por hipótese, a Vertical Farm seria uma opção para complementação da receita de um empreendimento em operação, caso a renda auferida em nesta nova ocupação seja eficiente a ponto de apresentar satisfatório retorno para o investimento. Portanto, o artigo tem como objetivo especular qual o (i) limite de valor de locação que a Vertical Farm suportaria para garantir a operação e (ii) comparar com os preços de imóveis no mercado, através de pesquisa exploratória, modelo de análise de investimento e mapeamento de preços de locação de edifícios corporativos, na cidade de São Paulo, em determinados eixos de desenvolvimento.