Partindo da relação entre risco e retorno, o tomador de crédito buscar maneiras de diminuir o risco da operação para o credor e uma dessas maneiras é utilizando uma garantia com lastro imobiliário. O Home Equity surge nesse contexto como uma operação financeira em que o proponente utilizará um imóvel como garantia, que deverá ser avaliado previamente para se chegar a um valor de mercado e a um índice de liquidez. O trabalho tem por objetivos caracterizar a modalidade de Home Equity e identificar o perfil dos tomadores de operações de crédito na modalidade, correlacionando variáveis socioeconômicas para definição do proponente e definindo qual é o tipo mais frequente de proponente nesse tipo de operação de crédito. Um estudo de caso foi desenvolvido em uma empresa fintech que atua nos mercados financeiro e imobiliário. Inicialmente os processos internos da empresa foram caracterizados, desde a captação do cliente, análise de crédito, liquidação e registro da alienação fiduciária. Para o estudo, foi utilizada uma base de dados contendo acima de 500 operações de Home Equity. Foram selecionadas 7 variáveis para análise: localização do imóvel, faixa etária, renda mensal, objetivo do empréstimo, tipo do imóvel, valor do empréstimo requisitado e status da proposta. Dentre as vantagens do Home Equity, pode-se citar taxas de juros mais baixas, devido a maior segurança da operação, que tem um imóvel como lastro; processos menos burocráticos; agilidade na liberação do crédito e prazos de pagamento mais longos, que diminuem as parcelas mensais. Porém é necessário que o cliente consiga manter uma saúde financeira durante o processo, a fim de conseguir se manter adimplente nas parcelas e no final do período reaver a titularidade do imóvel dado como garantia.