Previstas pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal de 2001, muitas das operações urbanas, ainda que inseridas no contexto dos Planos Diretores elaborados desde então pelas cidades de médio porte, continuam apenas como possibilidades de instrumentos para a aplicação no contexto das políticas públicas municipais. Os governos municipais, principalmente os de cidades de médio porte, enfrentam dificuldades, ora de natureza política, ora de insuficiente capacidade técnica, ora de aspectos legais para sua implantação e, também, de resistências do setor privado local às parcerias público- privadas. Estas se devem, principalmente, à insegurança quanto à legitimidade institucional deste inovador instrumento, o que prejudica a governança necessária para o sucesso deste tipo de empreendimento. Londrina não é diferente de suas irmãs no território brasileiro; porém, o futuro da gestão democrática impõe uma solução urgente e o mercado imobiliário, dinâmico no contexto regional e local, aguarda com ansiedade este rumo que apenas a administração municipal pode regulamentar e garantir sua realização. O grande desafio da gestão municipal atual é oferecer à comunidade a regulamentação de todos os instrumentos necessários para concretizá-los. Mesmo que previstos no Plano Diretor em vigência, aprovado em 2008, eles ainda não são devidamente aplicados por falta de regulamentação, deixando de captar recursos através de, por exemplo, operações urbanas e outorgas onerosas para estimular o desenvolvimento urbano em áreas que ameaçam entrar em decadência por falta de investimentos público e privado. De forma emblemática, se tem em Londrina a tradicional Avenida Duque de Caxias. Esta via, parcialmente duplicada, vem sofrendo um processo de rápida degradação, tendo em vista a impossibilidade de esta duplicação ser aplicada em todo seu trajeto devido à incapacidade dos recursos públicos abrangerem, principalmente, as transformações necessárias para que volte a ser atraente com uma desejável intervenção urbanística de porte significativo.


Provided by the City Statute, a 2001 Federal Law, many of the urban operations, despite inserted in the context of the Master Plans elaborated since then by medium-sized cities, are still possibilities of instruments to be applied in the context of municipal public policies. Municipal governments, mainly those of medium-sized cities, face difficulties, be they of political nature, insufficient technical capacity, legal aspects for their implementation, besides the private sector resistance to public-private partnerships. This is mainly due to insecurity regarding the institutional legitimacy of this innovative instrument, which hinders the necessary governance for the success of this type of enterprise. Londrina is not different from other similar cities in Brazil; however, the future of democratic management requires an urgent solution and the real estate market, dynamic both in the local and regional market, anxiously waits for this direction, which can only be regulated by the municipal management to guarantee its execution. The municipal management great challenge is to provide the community with the regularization of all the instruments necessary to make them come true. Albeit provided in the current Master Plan, approved in 2008, they cannot yet be duly applied for the lack of legislation, failing to collect funding by means of urban operations, for example, and onerous grant to stimulate urban development in areas threatened by decadence for the lack of public and private investments. Emblematically, Londrina counts on Duque de Caxias Avenue. This partially duplicated avenue has undergone a process of fast degradation, owing to the impossibility of duplicating all of it, because of the incapacity of public resources of affording mainly the necessary transformations to make it attractive again with a desirable urban intervention of considerable magnitude.